Texto: Vívian
Razel
Dentro do Agility,
toda estreia é complexa seja ela do cão, condutor, arbitragem,
local. Envolve tempo, treinamento, análises, adaptações
além de muitas expectativas. A 2ª e 3ª etapa da III Copa
Paulista realizada em 20 e 21 de novembro de 2010 foram marcadas por várias.
Fabiano Estigarribia,
praticante de Agility desde 2003 nunca havia competido numa prova estadual
fora do RS e não viu muita diferença no ambiente em relação
a uma prova do Campeonato Brasileiro. “A diferença maior talvez
tenha sido para os condutores de SP que nunca haviam me visto em uma prova
do Campeonato Paulista.”
Outra forma
de estreia foi a de Renato Achoa que colocou em pista Cirillo na
categoria iniciante para se ambientar. Já havia entrado em pista
anteriormente com Nicole, seu primeiro cão e Laleska. Ele
conta: “A primeira vez que entrei foi bem estressante, entrei verde...
Hoje por causa da experiência estou um pouco mais calmo, tranquilo,
relaxado... Não vai me dar taquicardia, não vou ficar com
a boca seca, suar a mão“. Apesar da dupla já ter
marcado presença em Matchs, Renato ressalta que “mesmo sendo iniciante
a primeira pista é sempre complicado e o cachorro estranha muito”
porém se diz mais tranqüilo que da primeira vez.
Com uma bela
bagagem dentro do Agility, Marcela Checchia também estreou Quick
na 2ª etapa por ser a última do ano e assim pode fazer um levantamento
do que precisa ser mais trabalhado. Nervosismo não é só
para os menos experientes: “Fiquei nervosa sim, sempre fico quando
vou entrar em pistas, com todos os cães em todas as pistas... mas
quando entro na pista isso passa e me concentro no que devo fazer”,
revela Marcela.
Pela primeira
vez numa prova oficial, Fabio Francês se diz um pouco nervoso pela
estreia embora já tenha participado de brincadeiras e Matchs espera
que seu cão Fox faça em pista o que costuma fazer nos treinos.
Um dia da caça,
outro do caçador, um dia julgado no outro “julgador”. Eduardo Melo
que já é condutor dá início à sua carreira
de árbitro nessa Copa Paulista. “É um dia especial,
até porque a gente tá vivendo o outro lado do Agility”
e diz como é difícil montar a pista no papel e imaginar como
as coisas podem acontecer, mas espera que todos possam se divertir em pista.
Achando que
as duplas de grau 3 são mais experientes e que o julgamento é
mais tranquilo, Henrique Garcia que já havia julgado open 2 e 3,
estreia no grau 3. Por estar trabalhando na prova, não teve tempo
de pensar no que aconteceria, porém confessa que quando começou
pensou “Agora vou julgar a maioria das pessoas que conheço
há mais tempo no Agility, a pressão é um pouco maior
nesse sentido.”
Leandro/Maia,
Alexandre/Blue, Dan/Black também fizeram parte da lista dos que
estrearam nessas etapas que foram as últimas provas oficiais do
ano.
Como citei no
início, as estreias vêm carregadas de expectativas, realizações
e frustrações. Que os estreantes aproveitem os momentos bons
e usem os não tão bons para se aperfeiçoarem.
Que venham mais
e mais estreias!